domingo, 1 de fevereiro de 2015

Dispersos...

Dias corridos esses  nos quais vivemos... O tempo não parece ser suficiente para nossas tarefas cotidianas.  Vivemos em função do “Ganho de vida”, porém sem perceber que estamos perdendo- a aos poucos.                                                                                                                       
Deixamos de lado os cuidados simples, mas que fazem toda diferença, como uma boa noite de sono , uma alimentação maneirada ( irônico isto vendo que o fast food hoje é o melhor amigo de muita gente), abandonamos até mesmo as pessoas. Digo isto no sentido físico.  Não é tão familiar aquele cumprimento com um sorriso seguido com “oi tudo bem?” ou aquele abraço de recepção de alguém que não vemos a muito tempo. Até achamos estranho quando alguém nos aborda com um gesto do tipo e nos pergunta algo (não qualquer pessoa ,claro).

Preferimos a interação com o mundo digital ao invés de nos dirigirmos a alguém pessoalmente. Estamos desacostumados com contato humano.  

Talvez você pense que é exagero da minha parte, mas vamos pegar um exemplo para demonstração.

Um grupo de pessoas se reúne e programam de assistir um filme na casa de um amigo delas em comum. Chegando ao lugar você logo vai notar que não se pede mais “um copo de água, por favor?” e sim “qual a senha do Wifi?”                                                                                              Não demora muito pra perceber que todos ao redor estão com seus respectivos aparelhos celulares nas mãos, trocando mensagens com outras pessoas ( que não estão ali presentes) ao invés de conversarem entre  si.

É claro que isso não dura o evento todo, mas em boa parte dele.  Não estou julgando o uso de câmeras ou postagem nas redes sociais sobre a reunião entre conhecidos, mas sim a dispersão que essas tecnologias causam no nosso meio.  Muitas vezes deixamos passar (sem notar) momentos que poderiam ser melhor aproveitados se estivéssemos atentos uns aos outros.

Estamos carentes do mundo a nossa volta, da simplicidade e leveza da vida. Mas preenchemos nosso vazio com tantas distrações obrigatórias que não damos conta da frieza e do menosprezo que tratamos as coisas mais essenciais existência humana.

Volte para dentro de si e analise sua vida e pergunte uma coisa a você mesmo :”eu estou realmente vivendo ou apenas procuro uma forma de me manter vivo?”

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