Passear com os amigos em geral é uma atividade maravilhosa. Principalmente
se for com aqueles que não
vemos a tempos ( no meu caso não
os via a alguns dias... Tempo suficiente para ter saudade hehe) .
Vocês
combinam o lugar, a hora, o que levar pra comer... Enfim, montam todo um
cronograma para o passeio acontecer e é
claro que em momento algum um indivíduo
pensa que alguma coisa pode dar errado.
Então
chega o tão
esperado momento em que todos se reúnem
para o grande evento ( o que na cabeça
dos mais ansiosos é)
acontecer.
Se seus amigos forem iguais aos meus, adianto logo que
as aventuras do dia começaram
logo cedo quando ocorre uma troca de horários
por conta do atraso de alguém.
Depois
desses enrolamentos por causa de horário
conseguimos entrar no trem e fazer o trajeto até o parque.
... Bom... Mais ou menos!
Quando saímos
da estação,
descobrimos que saímos
pelo lado errado que não
dava acesso pra onde queríamos
ir. Então
tivemos a brilhante idéia
de descermos a rua e dar volta afinal tudo vai se resolver. Só que não!
Chegou uma hora que a gente sabia que não estava dando certo o caminho que estávamos fazendo e as informações dadas pelos guardas não nos ajudaram em nada ( perguntamos pra
três
homens e ninguém
sabia nos explicar !) mas o tempo todo cantamos,rimos
e nos divertimos muito com nossas próprias
trapalhadas e idiotices e não
deixamos o desespero tornar tudo chato e complicado.
Continuando... Depois de muito tempo andando, subindo
morros, atravessando avenidas perigosamente (porque somos radicais) e
reclamando de fome, conseguimos chegar ao parque! Uhuhuh!
Fomos logo procurando um lugar pra sentar e lanchar, e
mais uma vez andamos muito pra isso também,
mas encontramos uma árvore
boa pra se ter uma confraternização
com os amigos.
Estávamos
em cinco pessoas e no meio disso duas tem medo/trauma de bicicletas ( eu me
encaixo nisso mas explico o porque outro dia) então três
foram andar de bike e o resto ficou embaixo da árvore lendo e rindo do silêncio, falando da estranha conversa de um
grupo de japoneses que estavam tirando selfile do nosso lado e até as próximas duas horas seguintes tudo correu
muito bem.
Alguns pingos de chuva começaram a cair, mas não damos muita importância. Afinal não choveu a semana toda e não seria hoje o dia do contra. (Iludidos!!)
PS:
não
nos importamos nem em olhar no jornal se ia chover na sexta feira ou não.
A mãe
de alguém já tinha ligado avisando que ia chover e
falou pra tomarmos cuidado pra não
pegarmos chuva pois São
Paulo alaga e não
seria agradável
ficarmos presos por ali né.
Assim que a ligação
terminou as gotas começaram
a engrossar e então
pegamos tudo rapidamente colocamos tudo dentro das bolsas o mais rápido possível
e saímos
correndo ( eu e minha amiga q tem medo de bicicletas pelo menos) enquanto os
outros levavam as bikes ao bicicletário.
Maaaaaass
ai eles tiveram a brilhante idéia de nos levar até a saída
do parque junto com eles na bike.... O medo subiu pra cabeça e comecei a falar "isso não
vai dar certo!", mas não havia tempo para reclamações ou relutância, a chuva já estava caindo e o tempo do aluguel das
bicicletas já
havia esgotado.
Juntei o pouquinho de coragem que havia em mim, subi
na garupa e fui.
E vou falar...
Por mais bobos que sejam nossos medos eles precisam ser enfrentados. Quem sabe
o que isso pode nos proporcionar?
Foi exatamente isso que passou pela minha cabeça nos minutos que se seguiram enquanto eu
estava ali sentada sendo levada ate a saída
do parque. Foi tão
gostoso e libertador essa pequena viagem, digo
que é
uma delicia vencer nossos medos.
Bom agora é
que vem a PARTE LEGAL da história.
Fomos
em busca da estação
de metrô
para irmos pra casa, porém
esse caminho todo foi feito embaixo da chuva uma vez que disseram que esse
trajeto era rápido
e seguro.
E assim foi, bem, menos
a parte do rápido(hehe).
Demoramos alguns minutos porque andamos devagar e explico o porque.
Aproveitamos a cada gota que caía em nossos rostos, cantamos em alta voz músicas que nos lembravam chuva, batemos
palmas, dançamos,
rimos e nos divertimos muito sem preocupação
de roupas molhadas, maquiagem borrada, gripe no dia seguinte ou " minha mãe vai me matar" ou
então " nossa essa chuva estragou nosso
passeio " pois isso não é verdade. Nada disso estava combinado,mas
foi a melhor parte da nossa pequena aventura e com isso digo que muitas vezes o
inesperado sempre cai ( literalmente) bem e em boa hora.
Momentos
incríveis
aqueles que passamos na chuva, e naquele
momento eu só
conseguia agradecer a Deus por tudo aquilo estar acontecendo e por cada pessoa
estar ali comigo. Os estranhos que nos viram naquele estado olhavam com
desprezo... mas talvez alguns tenham percebido o quanto estávamos felizes e que isso teria sido
transmitido a eles.
A volta pra casa foi molhada e cheia de olhares assustados,
afinal cinco adolescentes ensopados
invadiram o metrô
cheio de gente seca e com guarda chuva. Nem preciso dizer quanta risada isso
nos rendeu né?
Mas esse dia com certeza entrou pra minha lista dos
dez melhores da minha vida.
Uma experiência gostosa de viver e bonita de se
contar.
Com
muitos sorrisos, piadas, gordices e chuva.
Tudo isso pra mostrar que na vida não é
necessário
algo muito grande pra gente ser feliz.
*Depende
de nós
transformarmos a simplicidade em coisas essênciais pra nossa existência.
Apenas isso!
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