quarta-feira, 15 de abril de 2015

Redes na Varanda...

Aqui no tédio do meu sofá, me lembro de como era gostoso ficar te esperando nas tardes de quarta feira, que você sempre vinha do trabalho na esperança de ter um bom colo pra deitar e uma xícara fresca de café como consolo enquanto eu massageava os poucos fios de cabelo em sua cabeça.

Bom, hoje é quarta feira. E sei que não vou ter o prazer de sentir isso.
Brinco com saudade.

Olho para o relógio e são 17:45 da tarde. Hora do meu café. Fresco, do jeitinho que você costumava tomar antes de quase adormecer com o tocar de dedos na suas costeletas.

Imagino novos jeitos de chamar sua atenção, enquanto você começava a olhar no celular e via que estava ficando tarde e que devia ir embora.
Dizia sempre:
- Descupa, mas você sabe...tenho aula cedo. Agora facilita a minha vida e me manda embora.
Fala que esta cansada, que tem muitas tarefas amanhã... Hoje é sua vez de inventar alguma descupa pra despedida não doer tanto.

A essa altura da noite ambos continuavam deitados na rede ( que ainda esta pendurada na varanda) com os olhos fechados, duas pessoas moles e com sono. Mas não queríamos nos soltar.
Era tão bom...por que teve fim? E tão repentino?

Fico me perguntando se esses sentimentos ainda moram em você, e resisto a tentação de te ligar e perguntar.
Acabo fazendo a sensata escolha de ir dormir. Penso que essas horas já deve estar dormindo, e como não quero incomodar, prefiro adiar para outro dia. E vira um ciclo vicioso e sem fim. Tentador, eu confesso. Mas a insegurança me deixa assim. Descupa!

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