domingo, 28 de junho de 2015

Calmaria de Domingo.

Cheguei de mansinho, com passos bem leves quase flutuava pelo chão de madeira.
Você lia algum livro (que eu não sabia qual era) e não queria tirar sua concentração.

Não sou de assustar, e nem se quer era minha intenção.
Porém quando tampei seus olhos e fiz a pergunta mais idiota "quem sou eu?" , vi que rapidamente largou o livro e levantou as mãos .
Foi hilário!
Me concentrei pra não rir.
Sua resposta foi das melhores, por cima do sofá, puxou meu braços e me colocou em seu colo.
- Sua idiotinha, me assustou!
- Minha intenção não era essa. Queria te chantagear e não assustar.
- Pra que você quer me chantagear?
- Eu to com fome.
- Com fome? Ainda não entendi a parte da chantagem.
- É que assim, faz tempo que você não vem aqui em casa. E mais tempo ainda que não te vejo cozinhar. Lembra de quando você chegava com aqueles pães caseiros recheados? Então... Eu pensei da gente fazer um café.
- Você quer brincar de comercial de margarina? - Nessa hora, eu estava tímida e você rindo da minha cara.
- É... Tipo isso.
- OK. Cozinha já!
- Eba... Vou pegar as coi... -  já em pé, fui puxada - Oque foi?
- Eu faço o pão, contanto que você faça aquele café cremoso que eu sempre tomo três xícaras.
Com os olhos sorrindo (sim, olhos que sorriem) me dei conta que o jogo havia virado. Afinal, eu deveria ser a chantagista.
- Como de costume, virando o jogo a seu favor não é mesmo? Tudo bem, eu preparo o café.
- Claro, quer que eu te ensine as técnicas? - Já caminnhavamos em sentido a cozinha.
- Não... Vou desistir desse ramo. Não sei convencer pessoas.
- E como sabe, quer que enumere o tanto de vezes em que fui persuadido pela sua pessoa?
- Victor, muito papo... Vai fazer seu pão. Nem sei desses suas conversas aí.
- Uuhh... Fica estressada não tá, fica mais bonita quando sorri. - Sempre me deixando sem graça... - Bora trabalhar!

E assim seguiu va tarde, até o começo da noite. Tomamos café ao invés de jantar.
Rimos, nos divertimos e conversamos.
Seis meses se passaram e não fazíamos isto. Os trabalhos não permitiam.
Mas estou curtindo essa calmaria, espero que ela dure...

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