domingo, 20 de setembro de 2015

Olhares...


Olhares... Vejos eles em toda parte.
Tem de vários tipos e formas.

Uns parecem cansados e preocupados, demonstram dias de trabalho que desgastam.
Outros me parece cansados, mas não de trabalho, mas sim, dos pesares do coração. Daqueles em que tanto queremos dividir, mas o medo de se afundar mais não permite.

Olhares que dançam! Sim, também encontro muitos desse tipo.
Esses tem pequenos mimos e transmitem emoções fortes.
Brilham com a mesma intensidade que uma bailarina conduz seus passos.
São suaves, porém impactantes.
Em resposta a este, de imediato, solto um sorriso - bem daqueles tímidos, outrora uns mais largos - tamanha é a alegria que eles me transparecem.

Tem também o olhar que abriga, que envolve.
Desse não há refúgios - e mesmo que tivesse, os rejeitaria - não tem para onde fugir.
Como quem não quer nada, chega cada vez mais perto, trazendo consigo aquela vontade de nunca deixar partir.

E por um instante, o único desejo é morar não apenas naquele olhar, mas no coração de que ele é dono.

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