Mais uma vez me deito no sofá e me lembro dele.
Sabe quando por alguns minutos a mente divaga, na busca de qual lembrança se apegar?
Ele era a lembrança da qual jamais quero esquecer.
Era tão divertido esperar pelo fim de semana pra encontra-lo, sempre na mesma catraca do metrô, e ali escolhiamos o destino para onde nossa vontade queria ir.
Quantas terças-feiras nossas foram recheadas de pipoca, colocavamos um filme e fingindo que era um encontro normal, fazíamos piadas, e entre um afago e outro ele perguntava como foi meu dia.
Não existia momento mais mágico pra mim , do que encostar meu ouvido no seu peito e escutar as batidas do coração de quem prefere a calmaria de uma quinta-feira - que muitas vezes durava até o sábado de manhã -
Nós dois nos permitimos descarregar a dor do cotidiano por algumas horas, ninguém precisava saber da euforia que construímos.
Quando acabava tudo, já contava as horas dele voltar.
Pois era tão bom poder ver alguém dividir as angústias e medos, ou então saber que em determinado momento, o coração bateu forte por saber que era o dia de se ver.
Vários meses se passaram desde a última visita por aqui.
A cor das paredes mudou, troquei de lugar os móveis do meu quarto três vezes e adotei uma cachorro.
Mas antes que virasse uma coisa muito séria, decidimos parar….não era um momento bom para relacionamento.
O fim da minha vida acadêmica, as viagens a trabalho dele e o tempo que ficava cada vez mais curto nos impossibilitava de continuar.
Dentre o fato de que já nos machucamos antes e blá blá blá… você me entende né?
Era só curtição….agito... momento.
Aliás... contínua sendo apenas um momento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário